quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

XVIII Congresso do PCP (IV)

Terminou o XVIII Congresso: 
 A Luta Continua!!!

Terminou na passada Segunda Feira o XVIII Congresso do PCP. Preparado com grande cuidado durante meses, o XVIII Congresso passou em revista toda a problemática politica nacional e internacional, analisou a situação organizativa do Partido, e aprovou uma Resolução Politica que guiará a acção do Partido nos próximos anos.

Como de costume a Resolução Política foi antecedida da publicação de Teses que foram discutidas em todo o Partido, e feitas muitos milhares de propostas de alteração que foram tidas em conta na redacção final.

A partir da proposta inicial poderemos dizer que a Resolução Politica será com certeza um excelente elemento de mobilização e acção politicas paras os próximos tempos. Este documento espelha bem o esforço dos últimos anos de afirmar o PCP como um partido de projecto e de propostas, com um notável travejamento estratégico. Com estas características, com grande humildade mas também com grande segurança, expressão do bom momento interno fruto do reforço sempre em curso do trabalho colectivo, a Resolução Política claramente confirma o Partido como a força revolucionária mais consistente da Europa e uma das mais avançadas do Mundo, perfeitamente preparada para enfrentar a crise geral e estrutural do Capitalismo que estamos a viver, e mobilizar para a luta as mais amplas massas de trabalhadores.

Nesta conformidade estão completamente desfasados da realidade os que afirmam que o Partido Comunista Português é um Partido sem futuro, e só ainda existente devido a uma conjuntura peculiar da nação portuguesa, a meio caminho entre o terceiro-mundismo e o desenvolvimento europeu. Na verdade o PCP é um partido que se afirma Marxista-Leninista, e como tal se debruça de forma criadora sobre a realidade, seja ela nacional ou internacional, tendo sempre em conta que as soluções dos problemas têm de ser encontrados de acordo com os interesses dos trabalhadores, e que quaisquer interesses que conduzam ao reforço da Sociedade de Classes não podem nem devem ser apoiados. No PCP não consideramos que a sociedade se possa desenvolver submetendo-se a interesses que reprimam o justo direito dos trabalhadores à libertação político-social, ou que os trabalhadores contribuam pela sua auto-repressão para a satisfação de interesses que lhe são alheios, e por isso neste momento de crise generalizada do Capitalismo não estamos interessados na sua reforma, mas sim na construção duma democracia avançada rumo a Socialismo, que equacione duma vez por todas o fim da Sociedade de Classes, um objectivo revolucionário a ser atingido, e que constitui hoje um problema que urge resolver definitivamente.

Também a forma peculiar de estar organizado, constitui um engulho para muita gente. No PCP valorizamos a acção colectiva, e tudo se resolve de modo a que a acção individual se projecte na actividade colectiva, de modo a vivermos no nosso seio a alma colectiva das massas que queremos se desenvolva no seio do Povo Português, e numa perspectiva internacionalista, no seio de todos os povos da Terra. Para nós a acção individual não se destina a criar tiranetes que se sobreponham às massas em movimento. A nossa democracia interna é o reflexo da nossa fraternidade, e sem ela não é possível que os trabalhadores vençam a luta contra a exploração.

O Partido Comunista Português não questiona a luta dos trabalhadores por melhores condições sociais, de vida e de trabalho. Antes perspectiva a luta para que essa exigência sirva para o reforço da qualidade da vida colectiva, e afirma categoricamente que os níveis de excelência a ser atingidos não carecem de indivíduos que supervisionem esse percurso para garantir o sucesso, e que depois vão aproveitar-se em beneficio próprio do esforço conseguido. As massas no seu seio, e prenhes da sua alma colectiva, hão-de gerar quem as conduza e ajudem a ser exigentes e consigam a sua libertação.

Foi este o espírito do XVIII Congresso, onde os inimigos ficaram à porta, todos aqueles que duma forma ou de outra se opõem à libertação da Humanidade, e pretendem que a exploração duma forma ou de outra é necessária. Com uma afirmação internacionalista profunda, ao contrário do que dizem aqueles que nos querem ver de joelhos perante o Imperialismo, o PCP defende uma ordem internacional dos povos, aonde todos e cada um sejam protagonistas do seu próprio destino, e estabeleçam entre si as mais variadas formas de cooperação, no interesse de cada um e de todos em conjunto. A presença de tantas delegações estrangeiras é a prova de que este esforço internacionalista é claramente reconhecido.

Este XVIII Congresso foi o Congresso do Partido Comunista Português, o Partido de que nos orgulhamos de ser dirigentes. A luta prossegue e todos estamos empenhados na vitória final. De acordo com os princípios de organização interna, empenhada e livremente construídos e aceites por todos nós, termina aqui esta Secção, pois a partir de agora tudo se passará no silêncio exterior das nossas discussões colectivas internas. Porém o PCP necessita de continuar a renovar-se e a aumentar a sua força, e é necessário que entrem novos militantes para participar empenhadamente no trabalho e luta em curso, ou a desenvolver. Todos os que quiserem participar connosco nesta construção colectiva são bem vindos, e podem contactar-me para rubrum.centaurus@gmail.com

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