terça-feira, 30 de setembro de 2008

Socialismo em Desenvolvimento (III)

Equador: O inicio duma nova era

Rafael Correa, Presidente do Equador está feliz porque conseguiu que 64% da população do país aprovassem a sua Constituição que segundo ele abre a porta para o Socialismo do Século XXI. A vitória do Presidente não podia vir mais a propósito: quando no USA ninguém se entende sobre a forma de gerir o Capitalismo, na América Latina reforça-se a capacidade de luta anti-imperialista, o que só deve criar dores de cabeça ao vizinho do Norte.

Quando assumiu a presidência em 2007, Rafael Correa começou logo a atacar os problemas endémicos da sociedade equatoriana, que à partida ele considerou que estes problemas eram a instabilidade, a desigualdade, a tutela militar da vida constitucional, tudo questões que derivavam do domínio imperialista, a que juntou mais tarde o da economia neo-liberal. Já no cargo fez uma série de reformas, instaurando a saúde e a educação quase gratuitas, aumentando o salário mínimo, modificando a fiscalidade, nacionalizando o grupo de media de um milionário em fuga e sabendo gerir a recente crise com a Colômbia, derivada de cumplicidades regionais que herdou. A Constituição era o passo seguinte para poder gerir sem ingerências imperialistas aquilo que as multinacionais do petróleo exploram do solo equatoriano, poder persegui-las judicialmente quando não se comportam de forma adequada e tentam não cumprir os contratos, e poder levar às suas últimas consequências a adesão à ALBA promovida pela Venezuela bolivariana.

Estas boas notícias estão com certeza a ser bem recebidas por todos os povos do mundo. É cada vez maior o número de países e seus povos que se perfilam contra o imperialismo na América Latina. É um trabalho que naturalmente ainda não está completo, mas são boas noticias que devemos acarinhar.

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